Egomet

March 29, 2005

"The heart metaphor..."

What soul is this that has a voice, that speaks by itself, even when is not asked to do so? Can we consider incoherence some moments of emotion denial? Sometimes I feel incoherent due to my efforts to abolish feelings, when in fact I know that nothing is possible without feelings, love, emotion, passion. I truly get disappointed with myself when I am not able to abolish all these things, thoughts...that break the harmony of my Reason. Are there more human beings thinking the way I do...or am I trying to do something impossible?
I know all these kinds of things are part of life but since I want balance I have to try to abolish them...because they unbalance me....I try to care only about daily emotions and feelings, not the deep ones.
Here comes incoherence again....why sometimes when I am alone...in some kind of "noisy silence" I fall into a deep unhappiness without apparent cause...
Is my Soul speaking against my Reason...trying to say that something is not the way it should be? This makes no sense because I feel just fine the way everything is.
These behaviors intrigue me, in the sense that I feel I cannot control them, they are away from my control, I cannot plan them the way I would like to.
It is like I don't know myself when I have to speak about emotion. I know my other part...Reason. Why is this when both parts were supposed to live homeostatically side by side??

"Eu era a voz dessa minha antiga alma. E ela, à medida que consumava o seu amor, lá, onde eu não podia vê-la, ia-me iniciando através da dor do abandono. Por isso ninguém podia amar-me enquanto eu ia sabendo do amor. E eu mesma também não amava.(...)
E ali fiquei à espera. Acordava com a aurora, se é que adormecera. E supunha que já tinha chegado, eu, ela, ele...saía o sol e o dia caía como uma condenação sobre mim. Não, ainda não."

María Zambrano. (1993). A metáfora do Coração. pág. 146


Egomet

2 Comments:

  • Acho que a incoerência é uma das características inatas do ser-humano, pelo menos minha…Sim, porque sempre existiram e sempre existirão os «espíritos iluminados» que não sofrem de tais maleitas, que tudo fazem tendo em vista um fim bem delineado e que, para o atingirem, não caem em incoerência uma única vez. Eu, definitivamente, não sou um desses seres, vezes sem conta dou comigo a cair na «incoerência pura e dura»! Ora quero porque gosto, ora já não quero porque já não gosto, ora me apetece, ora me entedia…se calhar sou mesmo a reencarnação do principio da incoerência! Estou a ser drástica…a questão aqui é, nem que seja por um dia, uma hora, um minuto, um segundo, é impossível passar por este mundo sem cairmos uma única vez em incoerência; se repararmos até a nossa vida é uma incoerência (para quê viver se um dia temos que morrer???!!! Existe algo mais incoerente do que isto?)
    Quanto à razão…não sei se te lembras mas ela morreu no séc. XIX, mais precisamente em 1825 com o aparecimento do período mais fértil, na minha opinião, de toda a literatura portuguesa, o romantismo. Ao preconizar o predomínio da emoção e do sentimento sobre a razão ditou as grandes linhas de pensamento que nos regem até à actualidade. Ou estarei muito enganada?! Será que existe por ai muita gente que quando ama consegue deixar de amar para ser racional?!

    P.s: peço desculpa ela construção gramatical caótica….

    By Blogger me, at Friday, April 01, 2005 9:58:00 PM  

  • Não creio que existam «espíritos iluminados», e creio que tu própria também não acreditas nisso.Por que razão não acreditamos??? Pelo simples facto de não se poder acreditar em algo que não existe....é como dizer que a literatura é uma cópia da realidade (pura calúnia!).
    Quando refiro a Razão...deve-se ao simples facto de desejar ardentemente funcionar apenas com ela e nada mais...o que é de todo impossível, não só porque ela morreu no século XIX, mas também porque se trata, fundamentalmente, de um construto. É que isto de ter que lidar diariamente com as emoções, com o que elas provocam, foge dos meus parâmetros predefinidos de controlo.
    Perdoo a questão da construção sintáctica, considerando que, como tu mesma disseste, ler as histórias da Mafalda não é linguisticamente pedagógico...

    Obrigada
    Egomet

    By Blogger Egomet, at Friday, April 01, 2005 10:41:00 PM  

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