Metonímias da Vida....

"(...) discutir era tão natural e pacífico como respirar, o mau humor dissipara-se com a mesma velocidade com que se tinha inflamado."
Katy Gardner, Viagem sem Regresso, pág. 72


Tantas vezes se discute sobre questões insignificantes (analisadas no contexto global de experiência de um indivíduo e de toda a sociedade). O que justifica este tipo de atitude jamais poderá ser o simples facto de se estar perturbado, aborrecido...desapontado com algo extrínseco à situação em que entrámos em erupção. Poderão atitudes deste género ser consideradas comportamentos aceitáveis (qualquer que seja a conotação subjacente a "aceitável" e a sua força na sociedade)? Provavelmente, na maioria das vezes não são considerados comportamentos aceitáveis....então por que razão continuamos a discutir, a obrigar o nosso organismo a um dispêndio desnecessário de energia? Precisamos destes momentos da mesma forma com que precisamos de respirar? Provavelmente todos estes momentos são como metonímias de um enorme e maravilhoso enunciado chamado Vida.
Talvez a vida se tornasse insignificante se não existissem alguns destes momentos....todos eles nos deveriam obrigar a reflectir...a aprender...a mudar a nossa posição relativamente a alguns aspectos. Digo....apenas alguns aspectos....há que manter a individualidade de cada ego, pois é isso que torna tudo tão interessante, misterioso, estimulante.....tantos outros adjectivos existem para definir o que quero transmitir, mas penso que se tornaria redundante enunciá-los a todos. A vida e todos os seus componentes são dignos de observação, reflexão....

Egomet