Empatia Imortal....

Sei de cor cada passo que pretendo dar, longe de mim estão os caminhos que desejo percorrer. Caminhos sem rosas, sem luar, caminhos silenciosos, frios, sombrios. Caminhos lacerados, por onde me perderei sempre que desejar e quando não desejar. São estes caminhos lacerados que me darão resposta aos segredos mais profundos, mais escondidos da minha consciência. Quem percorrerá comigo estes caminhos....a minha mais profunda consciência, a minha sombra que transporta consigo toda a transparência existente em mim. Caminhos mágicos, por onde descobrirei o que sou e o que pretendo ser. Caminhos que me ajudarão a decidir se desejo apenas existir, ou se desejo ir mais além e Viver. Caminhos que me ensinarão a conviver com a dor, com a alegria, com a inexistência, com a decadência, com a demência, com o tédio, com a vontade, com a mágoa. Enfim, como atingir a sublimação, como atingir o que de melhor deverá existir dentro de mim, onde haverá tranquilidade, algo puro, delicado, sublime e transcendentemente sonhador. Da viagem por todos estes caminhos fazem parte alguns momentos especiais, de entre os quais posso citar uma noite especial. Incredulamente sinto ainda a noite passada a correr-me nas veias, com igual intensidade à de uma noite de loucura. Defino-a como noite nostálgica e memorável, em que uma inexplicável empatia com experiências passadas se abateu sobre os nossos seres. Os sorrisos, as gargalhadas, a cumplicidade dos olhares, os gestos...todos eles embalados por um desejo comum..por um caminho comum....o de alegremente recordar episódios inquestionavelmente memoráveis, únicos, que de tão subtis na altura, são hoje a alma deste processo de recordação, são a alma da empatia sentida ontem, hoje e sempre...uma empatia imortal. Este caminho estará sempre e inquestionavelmente à minha frente, e sei-o porque as provações assim o permitem. Outros caminhos desejo e desejarei abrir e percorrer com toda a mágica subtileza de quem os descobre e os explora como se fosse o primeiro caminho encontrado...como se de um trunfo se tratasse, com todo o seu encanto.

Egomet