Egomet

August 31, 2005

You’re Beautiful...


“My life is brilliant.
My love is pure.
I saw an angel.
Of that I'm sure (...)
You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place, (...)
(...) we shared a moment that will last till the end.(...)
There must be an angel with a smile on her face,
When she thought up that I should be with you. (...)
“You’re Beautiful” performed by James Blunt
Falta-me a inspiração nestes últimos dias...apenas inspiração, porque os pensamentos se mantêm, mas não os tenho concretizado no papel. Concebo esta “falta de inspiração” como reflexo de uma excelente fase na minha vida. Sendo verdade que escrevo muito mais quando me sinto mais "deprimida". Desta excelente fase fazem parte algumas pessoas, e obviamente que és uma delas. Por isso te dedico a letra que aqui cito parcialmente...só tu sabes o que significa para nós.
Egomet

August 19, 2005

Que sais-je?

" (...) comment existerait-il même la possibilité d'expliquer quand nous faisons d'abord de toute une image, notre image!"

Nietzsche, Le Gai Savoir, 1950, pág. 150.

O que desperta a minha atenção relativamente a esta citação é o facto de, muitas vezes, a nossa imagem não ser a mais correcta. Quando me refiro à "nossa imagem" quero dizer tudo aquilo que faz de nós o que somos. Vezes sem conta deparamo-nos com atitudes irreflectidas, que num determinado momento pareciam ser o mais adequado possível...pelo menos de acordo com aquilo em que acreditamos, com todos os nossos valores. Mas até que ponto podemos confiar nos nossos valores, sobretudo quando eles estão aliados aos sentimentos?

Egomet

August 08, 2005

Homo Sentimentalis et Homo Histericus

“Devemos definir o homo sentimentalis não como uma pessoa que experimenta sentimentos (porque todos somos capazes de os experimentar), mas como uma pessoa que os erigiu em valores. A partir do instante em que o sentimento é considerado como um valor, toda a gente quer senti-lo; e como todos nos orgulhamos dos nossos valores, é grande a tentação de exibirmos os nossos sentimentos. (...)
O sentimento, por definição, surge em nós sem que disso nos apercebamos e muitas vezes contra a nossa vontade. A partir do momento em que queremos experimentá-lo (a partir do momento em que decidimos experimentá-lo) (...) já não é sentimento, mas imitação de sentimento, sua exibição. É o que correntemente se chama histeria. É por isso que o homo sentimentalis (ou por outras palavras, o homem que erigiu o sentimento em valor) é na realidade idêntico ao homo histericus.”

Milan Kundera. A Imortalidade. 187-188
Egomet